Chávez critica trabalho de um ano de assessor de Lula

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atribuiu a si mesmo a realização do encontro de hoje dos chefes de Estado para discussão da integração latino-americana, que ocorre no Rio. Ele também criticou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, por sua participação na reunião anterior do Mercosul, em Cochabamba, na Bolívia.

Chávez afirmou que Garcia coordenou um grupo de trabalho por cerca de um ano para discutir a integração latino-americana, formado a partir de uma carta preparada pelo presidente venezuelano e pelo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.

"Fizeram não sei quantas reuniões. Trabalhou-se muito por um ano. Chegamos a Cochabamba e disseram: vai haver um informe de Marco Aurélio. E Marco Aurélio falou cinco minutos. Fiquei calmo e ninguém perguntou nada. E eu disse: esse é o informe de Marco Aurélio? Depois de um ano de trabalho?"

Segundo Chávez, foi quando o presidente Luis Inácio Lula da Silva, "sempre generoso", propôs a realização do encontro de hoje, uma vez que os chefes de Estado reunidos em Cochabamba alegaram que não haveria tempo para discussões.

O presidente venezuelano deixou claro que pretende reforçar suas opiniões em favor da integração latino-americana e também demonstrou disposição de contestar posições já arraigadas no bloco econômico.

Ele disse que é contra a denominação que se propõe para o bloco econômico ampliado, que seria "Casa" (Comunidade Americana do Sul Associada). "Nós na Venezuela dizemos que até o nome temos que discutir. Dou um exemplo: se tens um cavalo e o batizas ‘Florecita’, será que não estás matando o cavalo?" Chávez defendeu que o novo bloco se chame Unsur (União Nacional Sul-Americana).

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