Cerca de 60% dos CDs vendidos são falsificados, diz deputada

Cerca de 60% das vendas de CD são de produtos falsificados, disse a deputada Federal (PCdoB-AM) e Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria, Vanessa Grazziotin. Ela contou que o que mais encarece o produto não é o custo industrial, mas o valor que as produtoras e gravadoras cobram para lançarem o CD na mídia.

"Estamos tentando, inclusive com apoio dos artistas, ver como é que barateia. Agora, não vamos iludir a população. A gente vai baratear significativamente o preço do CD, mas jamais a gente vai conseguir colocar esse produto legal no mercado ao preço do camelô, que vende dois CDs a R$ 5,00", disse.

A deputada federal disse que é importante também fazer campanhas educativas. "Esse produto, no geral, é contrabandeado, veio de fora do Brasil. Então, a pirataria além de atingir diretamente os direitos intelectuais de propriedade tem afetado enormemente os artistas brasileiros", explicou.

Segundo Graziotin, muitas pessoas pensam, "de forma equivocada", que a luta contra a pirataria vai tirar empregos, principalmente, dos trabalhadores que sobrevivem no comércio ambulante. "Não queremos impedir essa manifestação econômica da sociedade brasileira, essa oportunidade de sobrevivência de uma parte significativa dos brasileiros que não tem emprego de carteira assinada. O que queremos é mudar a característica do comércio ambulante", disse.

A presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria informou que a idéia do projeto de lei que combate a pirataria não é tirar a possibilidade dessas pessoas trabalharem, mas determinar que as prefeituras desenvolvam uma campanha de incentivo à troca de mercadoria. "Se a pessoa vende um cd importado, ela vai ter de trocar por uma outra mercadoria que está sendo fabricada ali mesmo, ou seja, algo legal. Nessa campanha, a indústria pode entrar barateando o custo das mercadorias, para que as pessoas possam ter acesso às mercadorias legais, de boa qualidade e sem problema nenhum. E que o vendedor ambulante não fique preocupado em ver um policial e sair correndo com as suas coisas", afirmou.

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