Células-tronco poderão ajudar pacientes como Ana Carla, portadora de esclerose múltipla

Um amor que vence barreiras. A principal delas é uma doença de nome esclerose múltipla que se manifestou na esposa de Carliosman Luz, Ana Carla Calmon, quando ela tinha apenas 23 anos. Hoje, com 41 anos, Ana Carla tem dificuldades para andar, falar e comer. Mas é feliz e tem um sonho: que a medicina encontre a cura para o seu mal.

A esclerose múltipla é uma doença que atinge o sistema nervoso central e provoca a perda da substância que envolve os nervos, a mielina, no crânio e na medula espinhal.

A doença, no entanto, poderá ter suas conseqüências amenizadas com a chamada terapia de células-tronco. Esse tipo de célula tem a capacidade de se transformar em outras células do corpo humano e regenerar tecidos e órgãos danificados. Na última terça-feira (30), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) anunciou os 41 projetos de pesquisa com células-tronco adultas e de embriões que receberão financiamento do governo.

O marido de Ana Carla, Carliosman, conta que há alguns dias ela foi ao médico neurologista e perguntou se poderia ter alguma expectativa com os estudos de células-tronco que serão desenvolvidos. O médico não deu esperanças para a Ana Carla, mas disse que as próximas gerações poderão ser beneficiadas com as pesquisas.

"Ela é uma pessoa muito para cima, apesar de estar passando por tudo isso, mas ela sempre teve essa centelha de esperança que faz com que ela prossiga vivendo. Ela mesma diz que se não tiver uma cura não tem problema. Se acontecer isso para uma nova geração, foi o que ela me falou nesse mesmo dia em que nós fomos ao médico, se tiver pelo menos essa solução para que as pessoas resolvam isso no futuro, mesmo não estando mais aqui, isso já me deixa contente", afirma Carlos.

Voltar ao topo