Celular é bem mais exportado no ano, aponta Abinee

As exportações de telefones celulares cresceram 22% neste ano, para US$ 2,9 bilhões, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), divulgadas hoje. Foi o produto mais exportado do setor neste ano. A indústria produziu 74 milhões de aparelhos em 2006, dos quais 54% foram destinados ao mercado interno e 46% ao externo. "O câmbio não afetou os celulares da forma negativa como esperávamos", afirmou o diretor da área de telecomunicações da Abinee, Paulo Castelo Branco.

Apesar do número positivo, Castelo Branco afirmou que as exportações de celulares poderiam ter sido ainda melhores neste ano, mas houve a transferência de uma fábrica da Nokia para o México, o que prejudicou as vendas externas desse segmento.

Logo após os celulares, vieram os motocompressores herméticos, com uma receita externa de US$ 646 milhões. Entre os produtos pesquisados pela Abinee, houve queda de 3% nas exportações de refrigeradores (único bem negativo de uma lista de dez produtos exportados pelo setor), para US$ 246 milhões.

Na outra ponta, a maior importação do setor, que neste ano terá déficit de US$ 9,5 bilhões, foi de componentes. Em 2006, a indústria brasileira comprou do exterior o que equivalente a US$ 11,9 bilhões, ante US$ 9,6 bilhões em 2005, uma alta de 25%.

Ainda em termos porcentuais, a maior variação nas importações foi verificada nas compras da China, que cresceram 44% em 2006 em relação a 2005, segundo a projeção da Abinee. A título de comparação, o setor importou daquele país US$ 526 milhões em 2001. Em 2005, este número já estava em US$ 3 bilhões e, neste ano, subirá para US$ 4,3 bilhões.

Avaliando-se países individualmente, depois da China, os Estados Unidos são o segundo maior fornecedor do Brasil nessa área, com US$ 2,6 bilhões. Chama a atenção o fato de que, em 2001, o setor importou dos Estados Unidos US$ 4,6 bilhões. Em 2001, a China respondia por 4% das importações brasileiras do setor. Em 2006, esse número subiu para 23%. Já os EUA tinham 35% desse mercado em 2001 e caíram para 14% neste ano.

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