Carlos Alberto foi suspenso preventivamente por 30 dias

As lágrimas do volante Carlos Alberto mostrando seu arrependimento por ter adulterado em cinco anos sua data de nascimento, de 1978 para 1983, não servirão para aliviar sua culpa e provável punição de 180 a 720 dias (dois anos), conforme prevê o artigo 234, que trata de falsificação de documentos, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Ontem, o jogador foi suspenso preventivamente por 30 dias e denunciado pelo procurador Paulo Schmitt, do STJD. "Denunciei porque, mesmo que não tenha sido o autor das fraudes, ele foi beneficiado", disse Schmitt.

A confissão de Carlos Alberto, no entanto, certamente aliviará a barra do Figueirense, com quem tem contrato e por quem disputou o Brasileiro. "O Figueirense não sabia de nada. Com a ajuda de um amigo alterei o ano do meu nascimento em 2000, quando fui levado para o Joinville. Fiz isso pela necessidade da minha família, que sempre foi pobre e passava fome. Eu precisava trabalhar", declarou o jogador, abatido e já afastado do Figueirense, à Rádio CBN. "Ninguém sabia de nada. Fiz a coisa e a levei comigo até a Folha (Folha de São Paulo) revelar. Não durmo nem como direito. Espero que o Figueirense não sofra punição. Mas se a punição vier, que seja só contra mim.

O clube praticamente não corre riscos de perder os pontos conquistados no Brasileiro por ter escalado o jogador. "Não temos o mínimo indício de que o Figueirense tenha compactuado com a situação. Então, vamos aguardar a investigação para em um ou outro momento nos pronunciarmos em relação ao clube, se necessário", explicou o procurador do STJD.

Se for envolvido no processo e chegar a ser condenado, o time de Santa Catarina poderia perder 36 pontos e ser rebaixado à Série B.

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