A criação de uma câmara setorial para debater e planejar a suinocultura paranaense já tem data para começar a funcionar. Será na próxima quinta-feira (29), às 10 horas, na Associação Paranaense dos Supermercados (Apras), em Curitiba. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (22), durante reunião de trabalho com representantes da cadeia produtiva, no gabinete do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz.
Participaram do encontro dois representantes dos suinocultores, dois de frigoríficos e oito de grandes redes de supermercados, entre outros. A organização de uma campanha para divulgar as qualidades da carne suína in natura e melhorar a procura pelo produto abrirá a pauta da primeira reunião de trabalho da câmara setorial.
A instituição da câmara setorial foi proposta pelo secretário, que desde a semana passada vem intermediando reuniões entre representantes dos criadores, frigoríficos, supermercados e do governo para diminuir os efeitos da crise no setor. A entidade fará parte do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Política Agrícola.
O Paraná tem o segundo maior rebanho suíno do país, com 4,4 milhões de cabeça ? número ligeiramente inferior ao de Santa Catarina, que é de 4,7 milhões. Se incluídos os pequenos produtores, a suinocultura paranaense estaria espalhada por 126 mil propriedades rurais. Os maiores compradores do Paraná, Estado responsável por 17% de toda produção de carne suína do Brasil, são a Rússia, a União Européia, a China, o Chile e o Japão.
Os principais rebanhos paranaenses estão nos municípios de Toledo, Francisco Beltrão, Cascavel e Ponta Grossa. Para garantir a sanidade animal dos rebanhos, o Governo do Paraná aplicou só nos anos de 2000 e 2001 cerca de R$ 28 milhões na defesa agropecuária. O Paraná também promoveu concurso público para contratação de mais 100 veterinários, além de reformar 23 postos de fiscalização fixos e criar cinco novos.