Câmara deverá iniciar votação da reforma política na próxima semana

Brasília – A Câmara dos Deputados deverá iniciar na próxima semana a votação de alguns pontos da reforma política. A previsão foi feita pelo presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo ele, a intenção é votar primeiro os pontos de maior entendimento ou de consenso, como por exemplo a questão da fidelidade partidária.

"Votar a reforma política como um todo evidentemente que nada garante, é improvável. Há divergências quanto ao mérito, mas há também a concordância de que, por exemplo, para a questão da fidelidade partidária há verdadeiramente um consenso", disse.

Chinaglia acrescentou que "pode haver até outros pontos de entendimento, mas seria imprudente eu tentar antecipar". E disse que pretende "retomar essa conversa com os líderes, pode ser na semana que vem".

O projeto de lei da reforma política, aprovado em comissão especial e pronto para ser votado em plenário, estabelece como forma de garantir a fidelidade partidária que, para se candidatar a um cargo eletivo, o cidadão precisa estar filiado a um partido pelo menos um ano antes da eleição, se for a primeira filiação dele, e dois anos antes, se já tiver sido filiado a outro partido.

Arlindo Chinaglia disse que definirá a pauta de votações para as próximas semanas incluindo temas como segurança pública, fim das votações secretas nos três níveis de Legislativo, em segundo turno, além dos dispositivos sobre a reforma política.

Sobre a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a crise no setor aéreo, Chinaglia comentou que haverá sobreposição de trabalhos, pois já existe uma CPI na Câmara fazendo essas investigações. "Creio que uma CPI já seria suficiente, mas não tenho o que opinar", disse.

O deputado também informou que está preparando proposta sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, cuja aprovação considera possível: "O Brasil gasta mais de R$ 25 bilhões em acidentes de trânsito. Venho de São Paulo, onde já existe essa lei. Ela não resolve por si só, mas contribui. Acho fundamental que o governo se envolva".

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