BRDE vai financiar máquinas para os municípios paranaenses

O governador Roberto Requião anunciou, na noite de quarta-feira, em Cornélio Procópio, ao abrir o terceiro encontro do Programa de Líderes Públicos (edição 2005-2006), que o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) aprovou, a pedido do governo do Estado, o financiamento de máquinas e implementos rodoviários para os municípios paranaenses. Assim, disse, os municípios, dentro das suas capacidades de endividamento, poderão se habilitar desde já aos recursos.

Ao dar a informação, o governador explicou que a opção por financiamentos do BRDE, em reais, tem a finalidade de impedir futuros problemas financeiros para o Estado. ?Se fossem usados recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, que tem dinheiro de bancos internacionais, o Estado estaria muito mal no momento em que o preços do real, hoje muito valorizado, e do dólar passassem a ser realinhados novamente?.

Diante disso, informou, ?uma máquina comprada por um município por R$ 100 mil custaria provavelmente para o Governo do Estado algo em torno de R$ 250 mil ou R$ 300 mil?. Os pedidos de financiamentos de máquinas devem ser encaminhados pelas prefeituras à Secretaria do Desenvolvimento Urban (Sedu) e ao Serviço Social Autônomo Paranacidade.

Críticas

Depois do anúncio, o governador Roberto Requião fez uma exposição sobre os problemas nacionais, mostrando aos participantes do Programa de Líderes Públicos como o liberalismo econômico, ?na sua forma mais selvagem?, atua no Brasil. ?Esse processo de exploração, essa construção do Brasil para os outros é muito antiga?, disse, falando da contradição entre o Brasil-nação, empresa bem sucedida para os brasileiros, e o Brasil-mercado, bem sucedido para os outros.

Por fim, o governador Roberto Requião fez críticas à política de reformas do governo federal ? a previdenciária, a trabalhista e a independência do Banco Central ? afirmando que a corrupção no Congresso Nacional serviu para que ?se fizesse a reforma da previdência e para que, na seqüência, se possa fazer um Banco Central independente, estabelecer o déficit zero e fazer a reforma trabalhista?.

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