A importação de máquinas e equipamentos é o alvo da nova linha de financiamento oferecida pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com o lançamento do Programa de Financiamento à Modernização Tecnológica das Empresas da Região Sul (Finimp). ?O principal diferencial trazido pelo Finimp é a conversão do valor do produto em moeda estrangeira para reais no momento da aquisição, evitando que as parcelas sofram impactos das variações cambiais?, destaca o diretor-presidente Carlos Marés. ?Não se trata apenas de um programa para financiar a importação, mas que visa, sobretudo, ao estímulo à vinda de novas tecnologias para a Região Sul?.
O BRDE financia até 100% do valor FOB da máquina ou equipamento, com prazo para pagamento de quatro anos e até seis meses de carência. A operação inclui a aquisição de máquinas e equipamentos usados que estejam sendo substituídos por bens importados novos, financiados pelo novo programa, que também admite o enquadramento entre os itens financiáveis de software integrado à máquina, quando estritamente necessário ao seu funcionamento.
O acesso ao crédito consuma-se quando o comprador apresenta o atestado de não-similaridade do produto no mercado nacional, conferido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para Couro, Calçados e Afins (Abramec) ou comprovação de que esteja entre os itens isentos de pagamento de imposto relacionados pela Câmara do Comércio Exterior (Camex).
O tomador de crédito pode optar entre duas modalidades de encargo financeiro: uma referenciada pela Taxa Referencial (TR), em cerca de 0,20% ao mês, acrescida de um percentual de juros que varia de 1,42% a 1,57% mensais; e outra, tendo como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 8,15% ao ano, mais taxas de juros entre 13% e 15% ao ano, dependendo do porte da empresa e de seu relacionamento com o BRDE.
As micro e pequenas empresas contam com taxas mais acessíveis, que vão de 1,42% a 1,53%, no primeiro caso, e entre 13% e 14% para quem optar pela segunda modalidade. Já as médias e grandes empresas têm taxas entre 1,46% e 1,57% ao mês e entre 13,5% e 15% ao ano.
?A nova linha se torna ainda mais atraente em um momento de estabilidade cambial, com o dólar em patamares baixos em relação ao real, como acontece agora?, aponta o paranaense Paulo Furiati, diretor financeiro da instituição. O financiamento à aquisição de máquinas e equipamentos é uma antiga demanda do empresariado, principalmente do segmento coureiro-calçadista, que não vinha encontrando crédito específico para esse tipo de operação.