Brasileiros prometem mostrar serviço na abertura da GP2

Cinco brasileiros entram nesta sexta-feira (13) na pista de Sakhtir, logo após os treinos livres da Fórmula 1, para dar mais um passo rumo à elite do automobilismo. Lucas di Grassi, Xandinho Negrão, Bruno Senna, Antonio Pizzonia e Sergio Jimenez disputam às 10 horas (de Brasília) o treino de classificação para a primeira das duas provas no fim de semana, marcada para o mesmo horário, no sábado. A segunda corrida será no domingo, às 4h30 (de Brasília) horas antes da prova da F-1.

"Estou pronto para o desafio. Ainda tenho muito a aprender, tanto em relação ao carro como às próprias características da GP2", disse Bruno Senna, sobrinho do tricampeão mundial da F-1 Ayrton Senna, morto em 1994, que ainda sente as conseqüências de ter começado tarde na carreira – é piloto profissional há pouco mais de dois anos.

"Nunca corri numa categoria onde a questão estratégica é fundamental. Na Fórmula BMW e na Fórmula 3, as corridas são bem mais curtas, e o importante é acelerar da largada até à bandeirada", explica Bruno sobre as categorias que já disputou – nenhuma delas, por exemplo, tinha pit stop para a troca de pneu.

Bruno correrá pela Arden, que em 2005 foi vice-campeã de construtores e no ano passado caiu de produção, ficando apenas com o quarto lugar. O brasileiro com mais chances de se dar bem, nesse sentido, é Lucas di Grassi, que corre na ART, equipe que fez os dois campeões da GP2, ambos já na Fórmula 1: Nico Rosberg em 2005, e Lewis Hamilton, em 2006.

O Brasil ainda terá Antonio Pizzonia, que já disputou 20 provas na F-1 – pela Jaguar, em 2003, e na Williams, nos dois anos seguintes -, Sergio Jimenez e Sandinho Negrão, que chega com experiência de ter disputado as duas temporadas anteriores da GP2. "Meu projeto sempre foi passar três anos na Fórmula GP2 e brigar pelo título no último. É o que espero que aconteça", disse o piloto da Minardi Piquet Sports, que sempre correu ao lado de Nelsinho Piquet – agora piloto de testes da Renault.

Satisfeito com os testes realizados em Paul Ricard, na França, e Barcelona, na Espanha, Xandinho sabe que dificilmente terá novas oportunidades de aparecer para os chefões da Fórmula 1. "Tenho de olhar para frente e focar no meu trabalho. Sonho com uma oportunidade, mas ela só chegará se eu for bem na temporada." Além dele, apenas o francês Nicolas Lapierre também disputou integralmente os dois campeonatos anteriores da GP2.

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