Apesar da renúncia à presidência do Senado feita nesta terça-feira (4) pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), e o líder do DEM, José Agripino (RN), mantêm o discurso de que querem votar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no plenário já na quinta-feira. "Vamos botar pra votar a CPMF amanhã na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e quinta-feira, se a oposição não obstruir, votaremos em plenário", disse Jucá.
O senador José Agripino, por sua vez, disse que a oposição está pronta para votar a emenda que prorroga o tributo na quinta-feira, conforme agendado. "Se o governo não quiser adiar, estamos prontos para votar na quinta-feira", disse Agripino. Apesar do discurso oficial, o governo debate nos bastidores a possibilidade de adiar a votação porque ainda não contaria com os votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF.
A renúncia do senador Renan Calheiros complica o cenário porque uma nova eleição para a presidência do Senado tem de ocorrer até quarta-feira da semana que vem. Por ter a maior bancada da Casa, cabe ao PMDB indicar o candidato à presidência da Casa, mas a oposição pode apresentar candidatos e vir a complicar a situação.