“Vocês vão ver que sou inocente”, diz Renan Calheiros

Ao chegar ao Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) reiterou que não se afastará do cargo, em hipótese alguma, mesmo com a oposição obstruindo as sessões, para pressioná-lo. "Nunca pensei em tirar licença. Nunca pensei em me afastar. Eu disse para vocês. Isso não faz parte da minha personalidade. Eu vou provar minha inocência onde quer que haja necessidade de prová-la. Essa sempre foi a minha disposição. Na democracia, a maioria decide e a minoria compreende, aceita", afirmou Renan.

Renan disse que não está preocupado com a possibilidade da Mesa da Casa encaminhar hoje ao Conselho de Ética uma quarta representação que o acusa de suposto envolvimento no esquema de recebimento de propinas em ministérios controlados pelo PMDB. "Com a quarta, com a quinta, com a sexta, eu sou inocente. A inocência vale muito. O que acaba preponderando é a verdade. Eu sou inocente. Vocês sabem que eu sou inocente. Isso é uma coisa que não vai prosperar muito, porque se está diante da inocência de alguém. Como é que se tira um presidente do Senado que é inocente? Essa é a pergunta que o Brasil faz hoje", acrescentou Renan.

Ele disse que não quer comentar a proposta de emenda constitucional que prorroga a cobrança da CPMF enquanto ela não chegar ao Senado. "O Senado sempre foi a trincheira dos Estados, do povo, da sociedade, porque não pode ser a trincheira da oposição", disse Renan, referindo-se aos parlamentares da oposição, contrários à prorrogação do tributo. Para Renan, a CPMF é de interesse do país, não do governo. "A quem interessa quebrar a estabilidade econômica, diminuir o número de carteiras assinadas, de empregos? A quem interessa acabar o Bolsa Família? Onze trilhões da CPMF são do Bolsa família. Essas coisas acabarão preponderando. Como eu dizia que a (minha)inocência vai preponderar. Eu sou inocente, vocês vão ver que eu sou inocente" insistiu.

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