Brasília – O secretário especial dos Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda, diz, em nota oficial divulgada ontem, que a viúva do jornalista Vladimir Herzog, Clarice, não o reconheceu nas fotos publicadas na imprensa recentemente. A viúva volta atrás após ter dito que era Herzog em uma das imagens. O jornalista foi morto em 1975 durante a ditadura militar. Clarice foi procurada por jornalista para confirmar a informação divulgada pelo ministro. Ela não quis falar, mas informou por sua secretária que a nota é verídica.
Além das três fotos divulgadas pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o ministro Nilmário Miranda mostrou à Clarice uma seqüência de fotos que a ajudariam no reconhecimento de Herzog. Segundo a nota divulgada pelo ministro, a seqüência de fotos é “resultado de uma investigação ilegal conduzida no ano de 1974 pelo extinto Serviço Nacional de Informações (SNI)”. O ministro diz ainda que cumpriu ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao levar as fotos para Clarice, em São Paulo.
Com isso, ganha força a possibilidade de ser o padre canadense Leopold D?Astoud, que trabalhava numa paróquia de Brasília, o homem que está nas três fotos publicadas pelo Correio Braziliense e que se encontravam nos arquivos da Comissão de Direitos Humanos.