Vigias de casas noturnas arrumam briga

São Paulo – Já passou mais de um mês, mas para o advogado Ariel de Castro Alves, de 27 anos, a noite de 24 de abril ainda não terminou. Eram 4h30 quando o segurança da danceteria The One lhe disse que a casa ia fechar. Ariel avisou que esperaria uns amigos e sairia. “Ou sai agora ou te jogo daqui”, respondeu o segurança. “Trabalho na Assembléia Legislativa e vou tomar as medidas pertinentes se fizer isso.” O alerta não surtiu efeito. O advogado foi empurrado, rolou três degraus. Depois, foi chutado, obrigado a pagar os R$ 40,00 de consumação e posto para fora. O caso foi registrado no 96.º Distrito Policial, da Vila Olímpia. “Quando se dá poder a pessoas sem preparo, o resultado só pode ser violência”, diz ele. O sócio da The One Flavio Ohara afirma que só soube do caso no dia seguinte e acha que Ariel exagerou na reclamação. Esse é um entre dezenas de casos que ocorrem todos os meses na cidade. Lembram as agressões em danceterias no Rio. Só que lá os agressores são os próprios jovens, os pitboys, e em São Paulo a pancadaria vem de seguranças que deveriam proteger o público. Só na região da Vila Olímpia e Itaim, 107 jovens foram agredidos por seguranças de janeiro a abril.

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