Verbas de gabinete viram escândalo

A edição deste final de semana da revista IstoÉ revela mais manobras praticadas por parlamentares para usurpar o dinheiro público. A mais grave envolve o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que teria contratado funcionários-fantasmas para ficar com a verba correspondente aos vencimentos de assessores. O parlamentar ainda usaria notas fiscais frias para conseguir o teto máximo da ajuda de custo para custeio de aluguel e manutenção de escritórios políticos nos estados, no valor de R$ 15 mil por mês.

A prática de forjar notas fiscais não é exclusiva de Pompeo. Na semana passada, foi denunciado que deputados usavam o mesmo procedimento para cobrir gastos com combustível. Entre os recordistas em consumir gasolina está o deputado paranaense Abelardo Lupion (PFL), que no ano passado pediu R$ 50 mil em reembolso de combustível. O parlamentar também é citado na reportagem da IstoÉ, aparecendo ainda como personagem da charge que ilustra a matéria, mergulhado na lama.

A revista também mostra outra prática comum nos gabinetes dos parlamentares, que é usar os telefones fixos dos escritórios para fazer ligações para celulares, e assim obter créditos a mais nos aparelhos. Sugestivamente, a reportagem de IstoÉ recebe o seguinte título: ?É possível limpar esta casa??, referindo-se ao Congresso. 

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