Vans voltam a protestar no Rio por novas licitações

Rio (AE) – Cerca de 800 motoristas de vans e kombis que circulam pelo município do Rio fizeram uma manifestação ontem cedo ao lado da prefeitura, para reivindicar melhores condições de trabalho. Durante o ato, eles denunciaram extorsões sofridas diariamente por parte de policiais militares e guardas municipais, que se aproveitam da falta de normas que regulamentem a atividade para achacá-los.

A categoria, que transporta 500 mil pessoas por dia, trabalha de forma legal, porém provisória, há cinco anos, e quer que seja realizada licitação para contratação de profissionais. Outra reivindicação é que sejam estabelecidos pontos para embarque e desembarque de passageiros, em especial nas vias mais movimentadas, como as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no centro.

Com a falta de lugar próprio para parar, os cerca de 12 mil profissionais (entre permissionários e funcionários) acabam tendo de improvisar – encostam junto a pontos de ônibus ou do lado esquerdo das ruas. Resultado: recebem multas todos os dias. Muitos preferem pagar propina a policiais ou guardas municipais para se livrarem da fiscalização.

Integrantes do sindicato foram atendidos por um representante da prefeitura, que prometeu que uma comissão será recebida pelo prefeito César Maia. Eles foram informados ainda que a licitação das vans só será realizada depois de finalizado o processo para escolha de empresas de ônibus da cidade, que é prioritário.

O protesto transcorreu tranqüilamente. Ao fim, os manifestantes queimaram papéis de multas que receberam. Havia reforço de guardas municipais e PMs, que se anteciparam para evitar o transtorno causado por outra manifestação, ocorrida no dia 9. Na ocasião, dezenas de vans interestaduais fecharam duas pistas da Avenida Presidente Vargas. Houve engarrafamento em todo o centro e em vias de acesso à região.

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