Vacina distribuída é 500% maior do que população de área de risco

Um balanço da Secretaria de Vigilância em Saúde / MS da vacinação contra a febre amarela realizado neste sábado (19) mostra que, entre 2000 e 2007, mais de 177 milhões de doses da vacina foram distribuídas aos estados. Segundo avaliação do gabinete de acompanhamento da doença, em reunião hoje, isso significa que uma parcela considerável da população está imune à doença até 2009. Somente em janeiro deste ano, a distribuição já chegou 7 milhões de doses, mais da metade de tudo o que foi distribuído aos estados durante o ano de 2007.  O total da população que vive em áreas de risco é de 35 milhões de pessoas.

?Levantamentos retrospectivos sobre a vacina apontam mais de 400 efeitos adversos pós vacinal (EAPV). São listados sintomas como febre acima de 39º, vômito, enrijecimento dos músculos, alergia e problemas neurológicos. A secretaria reitera que a vacina protege a população, mas não é inócua. Quando tomada em seu devido tempo, ou seja a cada 10 anos, os efeitos adversos são mínimos. Os EAPV podem ser intensificados se houver revacinação desnecessária, não sendo requerido reforço?, alerta Gerson Penna, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

A secretaria solicita, nesta segunda-feira, por meio de ofício, que as secretarias estaduais de saúde reforcem o alerta à população sobre os possíveis riscos de revacinação contra a febre amarela. A medida foi tomada após a análise da vacinação nos estados e a notificação recebida de que 31 pessoas apresentaram efeitos adversos, incluídas possíveis revacinações. Dois estão em estado grave. Hoje, foi entregue documentação comprovando que uma pessoa, nos últimos 4 anos, vêm tomando a vacina contra a febre amarela sequencialmente.

A orientação de vacinar é para aqueles que desde 1999 não receberam a sua dose da vacina, moram nas regiões de risco ou estão de viagem marcada para as matas destas áreas. Crianças menores de 6 meses e mulheres grávidas não devem tomar a vacina, salvo sob orientação médica.

A febre amarela no Brasil é transmitida nas matas, por um ciclo entre um macaco doente, um mosquito silvestre e uma pessoa sadia não vacinada. A doença não passa de pessoa para pessoa, não havendo o menor risco para as cidades que recebem turistas de outros estados. A febre amarela urbana não tem nenhum caso desde 1942. A vigilância em saúde de todos os estados estão de prontidão para realizar todas as ações necessárias para que doença não atinja as cidades. Não há risco de epidemia de febre amarela no Brasil.

Atualização dos casos

A Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu notificação do Estado de Goiás confirmando mais dois casos de febre amarela silvestre, sendo de uma pessoa em recuperação e outro de uma morte ocorrida no dia 4 de janeiro. Além disso, foram descartados mais três casos e outros quatro entraram em investigação.

No total, das 33 notificações de casos suspeitos de febre amarela silvestre encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde, 12 foram confirmados (sendo 8 mortes), 14 foram descartadas e 7 permanecem em investigação.

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