TRF julga caso ?Mãos Amarradas?

Porto Alegre – A 3.ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região julgou ontem e concedeu indenização à viúva do sargento Manoel Raimundo Soares, assassinado por policiais do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em agosto de 1966, tendo seu corpo sido encontrado boiando no Rio Jacuí, na capital gaúcha. O caso causou comoção à época e ficou conhecido como ?o caso das mãos amarradas?, descrevendo a forma como havia sido encontrado o corpo.

O sargento Soares participava do Movimento Legalista, que visava a restituir o presidente deposto pelos militares. Acusado de subversão, Soares passou a viver na clandestinidade. Em março de 1966, ele foi preso pela Polícia do Exército (PE), em frente ao Auditório Araújo Viana, e levado para o Dops, onde foi torturado por cerca de uma semana. Posteriormente foi transferido para a Ilha do Presídio, no Rio Guaíba. No dia 13 de agosto, foi novamente levado para o Dops, torturado e assassinado. O corpo foi encontrado no dia 24 de agosto. Soares tinha, então, 30 anos. Elizabethe terá direito à pensão vitalícia.

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