Tião Viana recebe sugestão de Frente de Saúde

O presidente do Senado, Tião Viana, recebeu nesta manhã o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS), e outros representantes da entidade, que apresentaram uma idéia por eles reputada como capaz de garantir os votos de que o governo precisa para aprovar a proposta de emenda à Constituição que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Ao deixar o gabinete da presidência, Perondi explicou que a idéia é de Adib Jatene e consiste em destinar quase 100% dos recursos oriundos da CPMF, excetuada a cifra destinada ao Fundo de Pobreza, para os serviços públicos de saúde. Com isso, disse o parlamentar, muitos senadores refratários hoje à prorrogação dessa contribuição concordariam em aprová-la.

Essa proposta de Adib Jatene é a melhor e não impediria o Legislativo de promulgar a PEC da CPMF até o dia 31 de dezembro, como é necessário para que o governo não perca a arrecadação do próximo ano. A alteração por nós defendida viria só na regulamentação da emenda, em 2008.

De acordo com Perondi, a regulamentação destinando quase o total da CPMF à saúde poderia ser aprovada no bojo do projeto de lei complementar que aguarda votação no Senado para regulamentar a Emenda 29. Essa é a norma que define os percentuais mínimos de investimento do governo em saúde. Na entrevista aos jornalistas, o deputado estendeu-se em defender a eficácia dessa idéia. "Se eu fosse o presidente da República, eu iria nesse caminho. Não dá para perder os R$ 40 bilhões de receita da CPMF. E essa idéia será capaz de atrair alguns senadores para aprovar a matéria" – considerou.

Questionado sobre o grande número de e-mails endereçados ao Senado contra a CPMF, o parlamentar foi incisivo. "O capital tem muito dinheiro para intoxicar os computadores do Senado com e-mails contra a CPMF. Mas os pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde], que dependem desses recursos, não têm computador e não sabem o que é internet. A Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], realmente, está cheia de computadores".

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