Temporão diz que oposição tem que assumir prejuízos da saúde

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira (17) que a oposição tem que assumir a responsabilidade política pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e os prejuízos que ela causa para a gestão da área da saúde. Para ele, a eliminação do tributo comprometeu uma série de políticas públicas no setor, especialmente as definidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde. "A oposição tem que assumir o ônus político", disse Temporão.

De acordo com o ministro, com a extinção da CPMF o ministério ficou sem os recursos adicionais de R$ 4 bilhões para o PAC da Saúde neste ano e de R$ 24 bilhões no período de quatro anos. O pacote para a saúde previa, entre outras medidas, o reajuste da tabela de serviços e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo impacto fiscal é de R$ 1,5 bilhão.

Temporão afirmou que na reunião de hoje com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não obteve nenhum aceno de recursos adicionais. "O ministro Mantega me serviu água, muita simpatia, mas não me acenou nada", afirmou. Ao ser questionado sobre o que Mantega teria proposto para ressarcir as perdas da área da saúde Temporão respondeu: "Ele propôs que nós meditemos e que nos debrucemos sobre as contas e trabalhemos. Mas hoje, a resposta que saio daqui é de que não há mais recursos financeiros. Não há dinheiro novo".

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