Stephanes defende tecnologia agrária para reduzir CO2

O aumento da qualidade de práticas agrícolas será o trunfo do setor para contribuir com o corte de emissão de gases de efeito estufa anunciado pelo governo na sexta-feira, na avaliação do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A redução de emissões brasileiras até 2020 está prevista de 36% a 39%, das quais uma fatia entre 4,9% e 6,1% caberá ao setor agropecuário.

“O que a agricultura fará não é o uso de tecnologia de prateleira, mas de tecnologias que já estão em prática neste momento. São coisas que a agricultura já vinha fazendo”, considerou, após participar da câmara temática de insumos agropecuários, realizada na sede do Ministério da Agricultura.

A intenção do governo, de acordo com Stephanes, é a de que o setor intensifique as práticas benéficas ao meio ambiente, como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária e a fixação biológica de nitrogênio. “Hoje, em 20 milhões de hectares, por exemplo, é usado o plantio direto, mas, às vezes, a qualidade é baixa. Qualidade é a palavra nova que estamos introduzindo no debate”, disse. Ele calcula que mais 8 milhões de hectares podem passar a usar essa tecnologia nos próximos anos.

Como contrapartida, o ministro espera que os produtores e pecuaristas tenham acesso a mais linhas de crédito, à assistência técnica e a condições diferenciadas de juros e de pagamento de prêmio de seguro. “É preciso ter mais linhas de financiamento que premiem aqueles que efetivamente adotarem a tecnologia”, defendeu.