Situação de bebê encontrado em rio de Minas Gerais se agrava

Os médicos diagnosticaram nesta quarta-feira (3) um "edema cerebral difuso importante" na recém-nascida resgatada domingo no ribeirão Arrudas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Conforme boletim divulgado no final da tarde pela Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, o quadro clínico da criança se agravou ainda mais e foi necessário aumentar a dose de medicamentos para manter a pressão arterial e batimentos cardíacos.

O exame ultra-som transfontanelar evidenciou o edema, que conforme a equipe médica "é compatível com hipóxia grave, ou seja, falta de oxigenação no cérebro". "Isso reforça a hipótese de que a criança sofreu privação de oxigênio em algum momento: ou durante o parto, ou durante o período em que permaneceu na água", diz o boletim. Os médicos da Maternidade Municipal de Contagem – onde a menina permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal -, porém, não descartam a possibilidade de a criança ter sofrido algum trauma na cabeça.

A mãe da menina, Elisabete Cordeiro dos Santos, confessou ter jogado a filha recém-nascida nas águas poluídas do ribeirão após tomar abortivos. Em depoimento, ela alegou que atirou a criança no Arrudas porque achava que ela estava morta e disse que já havia tentado um aborto quando estava no quarto mês de gestação. Elisabete está presa e foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio.

O ex-namorado da jovem e apontado como pai da criança, Adenilson Pereira da Silva, já afirmou que pretende ter a guarda da menina. Pela manhã, a equipe médica da maternidade suspendeu toda a sedação, mas a criança – batizada com o nome de "Michelle" – não apresentou nenhuma resposta a estímulos.

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