Silvinho depõe e renega ter sido petista influente

O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, o Silvinho, afirmou ontem, em depoimento à Polícia Federal, que desempenhava o papel de ?mero tarefeiro? do partido não tendo indicado ninguém para, ocupar postos governo. Ele disse que, no começo do governo Lula, gerenciava um banco de dados com todos os nomes de petistas candidatos a cargos públicos, mas ressalvou que apenas fazia a triagem dos currículos. A decisão final era dos ministros e dos dirigentes das estatais.

Silvinho revelou, ainda, que realizou o mesmo trabalho em relação aos indicados pelos partidos da base aliada, acompanhando o preenchimento de cerca de sete mil cargos. Ele negou que tenha exercido influência sobre essas pessoas. Também disse desconhecer qualquer detalhe sobre o esquema, operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, de arrecadação de dinheiro de empresas privadas que mantêm negócios com as estatais.

Silvinho foi intimado em conseqüência da entrevista publicada pelo O Globo, na qual afirmou que o esquema montado por Valério tinha como meta arrecadar R$ 1 bilhão com negócios escusos. Um deles consistia na omissão do governo para facilitar a ação do empresário, que pretendia obter ganhos fraudulentos com os bancos Econômico, Mercantil de Pernambuco e Opportunity.

A exemplo do que fizera na véspera na CPI dos Bingos, Silvinho disse que, por se sentir abandonado pelo PT, estava deprimido e abalado quando deu a entrevista. 

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