Servidores contrários à divisão do Ibama fazem vigília na Esplanada

Brasília – A Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Asibama) promove nesta segunda-feira (11), às 18 horas, uma vigília no gramado da Esplanada dos Ministérios.

O ato é para mobilizar os parlamentares a votarem contra a Medida Provisória (MP) 366/07, que divide o Ibama com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Os servidores, em greve desde o dia 14 de maio, pretendem cravar no gramado 514 cruzes pintadas de preto, acender velas e montar barracas onde passarão a noite. Amanhã (12), a MP deve ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados.

?A idéia das cruzes e das velas acesas é dar uma visão fúnebre sobre o significado dessa MP que fragmenta o Ibama. A cidade [Brasília] amanhecerá com as cruzes plantadas, que buscam causar um choque nas pessoas e, principalmente, nos deputados?, explica Lindalva Cavalcanti, presidente da Asibama-DF.

As 514 cruzes, segundo ela, representam a sede e as unidades do órgão. Ela não soube precisar o número de servidores que participarão do ato. "Não nos interessa colocar um grande número de pessoas, mas apenas marcar presença?.

Amanhã, na Câmara, os funcionários do Ibama pretendem fazer ?corpo-a-corpo? com os parlamentares para que eles votem contra a proposta do governo. ?Vamos encher as galerias para manifestações e recepcionar a chegada dos deputados no aeroporto de Brasília com cartazes e material contrários a desestruturação do Ibama?,contou Cavalcanti. ?Também vamos entregar uma carta em que dizemos aos congressistas que a responsabilidade pela desestruturação do órgão será deles e do governo federal?.

De acordo com ela, a divisão do instituto em dois significa a quebra da unidade da gestão ambiental no país. Ela argumenta que, antes da criação do Ibama, havia quatro órgãos que cuidavam das questões ambientais. ?Agora querem de novo fragmentar o instituto. Os problemas do Ibama são de gestão e de recursos. A questão não é fragmentar, mas dá condições para que o Ibama funcione?.

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