Serra acusa Lula de fazer ataques pessoais

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, acusou hoje o presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva, de lhe dirigir ataques pessoais ao classificá-lo como ?desagregador? na entrevista concedida à TV Bandeirantes, ontem (20).

?Parece que o ?paz e amor? ficaram de lado e eu não estava lá para rebater?, disse o tucano, ao receber o apoio de centenas de lideranças políticas no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Serra revelou certa mágoa com a postura do candidato do PT ao reivindicar novamente sua presença nos debates. O tucano se mostrou irritado com o fato de Lula ter comparecido para a entrevista no mesmo horário em que inicialmente estava previsto o debate.

?Sempre somamos. E eu não tenho a mesma certeza que se ele fosse eleito se somaria ou desagregaria este país?, reagiu Serra em seu discurso.

O candidato do PSDB disse que quando era ministro da Saúde aprovou projetos de leis com a ajuda da oposição, mas duvidou da capacidade de um eventual governo petista governar com os outros partidos.

Ele também manteve o tom elevado dos ataques a Lula, criticando novamente o que classifica como discurso dúbio do candidato do PT. ?O Brasil não se governa dizendo sim a todo mundo.? Segundo Serra, a vitória de Lula significaria o ?estelionato eleitoral? ou a ?volta da superinflação?.

O governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), dentro da mesma estratégia, disse que ?o homem público é respeitado pela clareza de suas posições?. ?Não existe dubiedade e esperteza que possa perdurar?, disse o presidente da Câmara, organizador do evento, no qual procurou dissipar qualquer dúvida sobre seu real engajamento na eleição do companheiro de partido. No seu discurso, Serra agradeceu ao ?companheirismo político? de Aécio.

Presente ao evento, o senador eleito pelo PSDB de Amazonas, Arthur Virgílio Neto, disparou contra a candidatura de Lula, dizendo que ele tem se apegado ao jogo de fácil demagogia para se eleger. Segundo ele, caso Lula vença as eleições, o País terá um governo mais frágil desde a época de João Goulart, porque é o mais cheio de contradições. Além disso, um eventual governo Lula irá fazer com que o Brasil perca a credibilidade.

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