Seqüestro de parente de um dos assaltantes do BC chega ao fim

Fortaleza (AE) – Chegou ao fim o seqüestro da costureira Rejane do Nascimento, de 32 anos, cunhada de um dos acusados de integrar a quadrilha que furtou R$ 164,7 milhões do Banco Central (BC) em Fortaleza, no primeiro fim de semana de agosto de 2005. Ela foi libertada nesta madrugada na rodovia CE-060, em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza.

Rejane foi levada de dentro de casa, no Conjunto Marechal Rondon, domingo à noite. Machucada e em estado de choque, a costureira foi conduzida ontem para a emergência do hospital municipal Instituto Dr. José Frota, onde foi medicada e liberada.

De acordo com familiares, os seqüestradores exigiram R$ 500 mil para libertar a refém. Quarta-feira ameaçaram mutilar a vítima e disseram ao pai dela que iriam mandar a orelha, caso não fosse pago resgate. A polícia se afastou do caso a pedido da família, que não confirmou se pagou para que Rejane fosse libertada.

Rejane contou que os bandidos se anunciaram como policiais federais, embora não tenham mostrado nenhuma identificação. ?Eles bateram na porta e disseram: é a federal. Eu respondi que iria ligar para o meu advogado e eles insistiram: é a federal.? O cativeiro era em um lugar deserto. ?Acho que era um sítio porque até cavalo tinha. Eles diziam que, se eu fugisse, iriam me pegar de cavalo?, comenta.

A costureira acredita ter sido confundida com a irmã, Rosângela, mulher de Antônio Edmar Bezerra, preso no dia 28 de setembro do ano passado em uma casa no Modumbim, periferia de Fortaleza, com outros quatro acusados: Flávio Augusto Mattioli, Marcos de França, Marcos Ribeiro Suppi e Davi Silvano da Silva. Na casa, a Polícia Federal (PF) conseguiu recuperar pouco mais de R$ 12 milhões furtados do BC.

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