Sequestro de família termina com dois mortos em Campinas

A dona de casa Lilian Aparecida Fernandes foi morta na madrugada de hoje com dois tiros na cabeça, na Estrada do Mão Branca, próxima à Rodovia dos Bandeirantes, em Campinas, interior paulista. Ela e quatro parentes foram feitos reféns por Claudemir Alves da Costa que estava em liberdade condicional desde agosto do ano passado. Após atirar na mulher, ele foi morto pelo enteado de Lilian.

Segundo os parentes da dona de casa, Costa – que cumpriu 11 anos de pena por roubo, tentativa de homicídio, formação de quadrilha e receptação -, jogou pedras no telhado e janelas da casa de Lilian, localizada em cima do bar de propriedade de seu marido, o comerciante Carlos Rodrigues Fernandes, 43 anos. Além do casal, estavam na residência uma irmã de criação da vítima, de 18 anos, o enteado de 17 anos e o filho do casal, de 11. Costa pulou o muro da casa e, batendo na porta, chamou por Lilian.

Segundo informou o delegado do 11º Distrito de Polícia (DP) de Campinas, Marcelo dos Santos Fávero, o suspeito pediu cigarro e doces até dizer que precisava pegar uma arma que havia “dispensado” na garagem da casa para não ser flagrado pela polícia. De acordo com relatos dos reféns, Lilian, de 38 anos, foi até o local e, ao pegar a pistola, Costa deu uma coronhada na boca da dona de casa, dizendo que ela o havia dedurado para policiais.

Costa, então, mandou a família entrar no carro para “dar uma volta”. Ao pegarem o acesso de terra para o Pesqueiro Guaporé, o ex-presidiário, do banco do passageiro, deu dois tiros na cabeça da mulher ao volante do carro. O veículo ficou desgovernado e bateu em uma árvore. Foi quando o pai das crianças, sentado atrás do passageiro, prensou o criminoso, de 32 anos, contra o painel, com o banco. A irmã de criação correu para chamar a polícia e o garoto de 17 anos pegou um macaco que estava no veículo e agrediu Costa até a morte.

Os peritos da Polícia Civil colheram material para exames toxicológicos e residuográficos. O adolescente foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. “Fiz isso porque no meu entendimento ele agiu em legítima defesa, mas não tenho autonomia para liberá-lo”, disse o delegado.

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