Senado vai gastar R$ 2 milhões para renovar frota de veículos

O Senado vai gastar cerca de R$ 2 milhões para comprar 81 novos carros para os senadores. A mesa diretora do Senado autorizou a abertura do processo de licitação para a renovação da frota de veículos por considerar alto o custo com a manutenção dos carros – Tempras e Vectras (ano 1995) – usados atualmente pelos parlamentares.

?O Senado gasta, com a manutenção de cada carro, cerca de R$ 12 mil ao ano. Isso é mais do que vale cada um deles?, argumentou o primeiro-secretário do Senado, Carlos Wilson (PTB-PE).  Em meio à política de cortes de gastos adotada pelo governo federal, os responsáveis pela administração do Senado vinham adiando a decisão preocupados com a repercussão da medida.

?Quero deixar claro que estou conduzindo esse processo, mas não serei beneficiado, porque não fui reeleito?, disse o senador.

Segundo Carlos Wilson, o preço unitário dos novos carros deve ser de R$ 25 mil. Mas o modelo ainda não foi escolhido, porque a licitação ainda não foi concluída. Portanto, apenas os senadores que assumirão seus mandatos em 15 de fevereiro do próximo ano é que devem usar a nova frota.

Além da despesa com manutenção, o Senado ainda tem gastos com gasolina – cerca de R$ 880 ao mês – e com os salários dos motoristas para cada um dos 81 parlamentares. Na Câmara, que tem 513 deputados, a situação é diferente. Somente os 11 integrantes da mesa diretora, incluindo o presidente da Câmara, têm veículos oficiais com motorista.

Dentro do processo de modernização do Congresso, a Câmara desembolsou cerca de R$ 1,1 milhão há seis meses para a aquisição de 550 palm tops para os deputados e assessores das lideranças partidárias. Segundo o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, a compra foi autorizada para que os deputados tivessem acesso, com facilidade, a dados sobre a tramitação de projetos e informações regimentais por meio dos aparelhos. Com eles, os deputados podem enviar e-mails e navegar na internet.

?A cada reunião de uma comissão, gastávamos, a pedido dos parlamentares, 100 mil cópias de projetos. Com a utilização dos palm tops, estamos tentando diminuir esse custo com papel e agilizar o acesso a simples informações disponíveis na rede interna da Câmara e na Internet?, disse Sampaio. Segundo ele, essa foi uma medida adotada para ampliar a qualidade dos debates na Câmara, já que os deputados têm uma importante ferramenta para isso. ?Só com a economia de papel, poderemos pagar, em dois anos, essa despesa?.

Ele explicou que a diretoria-geral chegou a estudar a possibilidade de disponibilizar vários computadores no plenário da Câmara, mas essa idéia foi descartada por causa do alto preço para a instalação de uma nova rede elétrica. Segundo ele, os 513 deputados receberam os aparelhos, depois de assinarem um documento em que se comprometem a devolvê-los.

Segundo o diretor-geral essa foi uma das várias medidas dentro do processo de informatização da Câmara. ?Hoje a Câmara está mais transparente, porque cada internauta, se quiser, pode se cadastrar e receber informações sobre projetos de seu interesse.?

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