Segundo Alckmin, PSDB está fechado pela rejeição da CPMF

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (26) que o PSDB está fechado em torno da decisão de não aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e que a derrota do governo no Senado beneficiará o País porque obrigará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a "apertar o cinto". Em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o tucano criticou as declarações de Lula de que é preciso gastar para governar. Para Alckmin, o que chama de "política fiscal frouxa" é o que impede a economia de ter um crescimento mais forte.

O ex-governador afirmou que o governo tem os recursos para manter os serviços públicos sem a CPMF, já que o crescimento da arrecadação tem sido o dobro do crescimento da economia. Ele classificou a proposta de redução anual da alíquota em 0,02% feita pelo governo como "inócua". Para Alckmin, se o governo perder o chamado imposto do cheque no Senado finalmente acelerará a reforma tributária. "Estamos no final do ano e o governo sequer mandou o projeto. E não é o primeiro ano, é o quinto ano de mandato", disse.

"Gastar qualquer um sabe. Alguns até são experts em gastar mal o dinheiro do povo", afirmou. Alckmin ainda disse não ter visto no discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a convenção nacional do PSDB, relação direta entre a escolaridade do presidente Lula e sua capacidade. "Acho que ele colocou de maneira clara que o caminho é a educação e o trabalho. Mas não vi embutido na sua palavra nenhum espírito de crítica ao presidente da República", amenizou.

Voltar ao topo