Segundo a FGV, 5,8 milhões saíram da miséria no Brasil em 2006

Cerca de 6 milhões de pessoas "cruzaram a linha de miséria" no Brasil no ano passado, revela pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o estudo "Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: o Real do Lula" em 2006 havia no País 36.153.687 pessoas classificadas como miseráveis (com per capita abaixo de R$ 125 mensais), ou 5,87 milhões a menos do que os 42.033.587 milhões contabilizados em 2005. O porcentual de miseráveis na população brasileira caiu de 22,77% em 2005 para 19,31% em 2006. Em 2003, primeiro ano do governo Lula, o porcentual era de 28,17%.

O estudo teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), relativa a 2006 e divulgada pelo IBGE na semana passada. De acordo com o levantamento de Neri, a queda de 15,2% da miséria – porcentual da população considerado miserável – em 2006 ante o ano anterior significa o melhor resultado apurado desde o início da série da Pnad, em 1992.

Levando-se em conta apenas as 11 principais regiões metropolitanas do Brasil, o porcentual de miseráveis em relação à população total caiu de 16,22% em 2005 para 14,05% em 2006. O levantamento revelou também que a miséria nas áreas rurais continua bem mais elevada do que nas regiões metropolitanas, mas também caiu, de 45,74% em 2005 para 40,96% em 2006.

Emprego

Segundo estimativa do economista Marcelo Neri, da FGV, em 2007 deverão ser gerados 2,7 milhões de postos de trabalho no País, volume similar ao de 2004, De acordo com o economista, de 2003 a 2006 foram gerados 8,7 milhões de postos de trabalho no País e, caso a projeção para este ano seja confirmada, deste o início do governo Lula terão sido geradas, até o final deste ano, 10 milhões de vagas. Segundo Neri, a consolidação desses números representará uma "marca histórica".

Voltar ao topo