Ruralista critica líderes sem terra

Sorocaba – O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), João de Almeida Sampaio, considerou absurdas as declarações de líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de que a Escola Nacional Florestan Fernandes, inaugurada domingo, ensinará a ocupar latifúndios produtivos ou improdutivos. Segundo ele, é inaceitável que a Justiça brasileira permita que se abra uma escola para ensinar a desrespeitar as leis. "O Poder Executivo, ao invés de estar lá se confraternizando, deveria fazer alguma coisa para que as leis neste País sejam cumpridas", disse, numa referência à presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, no evento. Segundo ele, a linha que será adotada na escola é "preocupante", pois mostra que o MST continua apegado a ideologias revolucionárias ultrapassadas. "Não é de hoje que o MST edita cartilhas sandinistas, e o que eles ensinavam às crianças nos acampamentos era guerrilha pura." Para o presidente da União Democrática Ruralista, Luiz Antonio Nabhan Garcia, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se desmoraliza perante a sociedade quando apóia uma escola que ensina a invadir. Ele disse ter entendido a presença do ministro Miguel Rossetto no evento como prova do apoio do governo à iniciativa do MST. "Num País como o nosso, carente da verdadeira educação, não é aceitável que o governo apóie uma facção que age de forma ilícita e se propõe a pregar ideologias anacrônicas de Che Guevara e Fidel Castro."

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