Brasília – A assessoria de imprensa do senador Romeu Tuma (DEM-SP) informou nesta quarta-feira (15) que já tem 29 assinaturas o requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar denúncias de irregularidades nos contratos de construção das plataformas P-52 e P-54, e de corrupção na Petrobras. Para instalar uma CPI no Senado são necessárias, no mínimo, 27 assinaturas.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), que assinou o requerimento, questionou que se o momento é oportuno para essa CPI. "É evidente que nós temos que discutir essa comissão, em função do peso internacional da Petrobras e em função de uma crise que as ‘Alices no País das Maravilhas’ achavam que não era grave, mas agora está demonstrado que é e já atinge os países emergentes", afirmou.
A Petrobras é uma das empresas brasileiras com ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, lembrou o senador, acrescentando que hoje a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão com uma queda de 3,5%. Arthur Virgílio ressaltou que não questiona o mérito da CPI, que "tem objeto bem definido a ser investigado".
Já a líder do bloco do governo, Ideli Salvati (PT-SC), questionou o mérito e o momento de instalação da CPI: "Brincar com uma coisa séria e delicada como essa, que pode significar a queda no preço das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York, é algo irresponsável".
Para ela, se alguma investigação sobre os procedimentos da empresa tiver que ser feita, existem comissões específicas no Senado e elas podem ouvir os representantes da estatal ou o presidente, José Sergio Gabrielli. "Nunca o presidente da Petrobras se recusou a vir prestar esclarecimentos e nós temos poder, inclusive, de fazer requerimentos de pedidos de informações", acrescentou.