Repressão a servidores divide o PT

Brasília – O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, justificou ontem como natural a ação da Polícia Federal, que usou bombas de gás lacrimogêneo na sexta-feira à noite para retirar servidores grevistas que haviam invadido o prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), numa ação em que até a senadora Heloísa Helena (PT-AL) levou algumas pancadas. A atuação da polícia no episódio dividiu a bancada do PT na Câmara, que ontem se reuniu com Berzoini e o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, provocando bate-boca entre radicais e moderados antes mesmo de o encontro começar.

“Esse pessoal não é do diálogo. Esse pessoal é do tumulto e do confronto”, afirmou Berzoini. Ele considerou que não houve excesso da polícia, embora tenha ressalvado de que isso deverá ser apurado pela própria PF. “Durante todo o dia nós avisamos que não aceitaríamos a permanência da ocupação de um prédio público por um grupo minoritário que não representa os servidores do INSS”, disse o ministro. Indignado com a atitude do governo, o deputado Ivan Valente (PT-SP) dava entrevista condenando o uso de violência contra os grevistas, antes do início da reunião, quando foi afastado por deputados que defendiam o emprego da força. Teve início aí um bate-boca entre Valente e seus colegas.

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