Renan Calheiros descarta férias e licença para enfrentar demais processos

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a negar que vá tirar férias ou licença do cargo para enfrentar os três processos e representações por quebra de decoro parlamentar. "Licença, férias, isso nunca existiu", disse. "Até terça-feira, a decisão era minha. Depois de quarta-feira [quando foi absolvido no plenário do Senado no processo por quebra de decoro parlamentar], a decisão com relação à minha inocência e à permanência no Senado é do Senado. Em todo o parlamento democrático do mundo cabe à maioria decidir e à minoria, compreender", acrescentou.

A quarta representação do P-SOL por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será analisada pela Mesa Diretora da Casa na próxima quinta-feira (21). O vice-presidente, senador Tião Viana (PT-AC), encomendou parecer à Advocacia-Geral do Senado, que tem até a data da reunião do colegiado para entregar o documento.

É com base no documento que os sete integrantes da Mesa vão decidir se aceitam a representação, que pede apuração sobre denúncias veiculadas pela imprensa de que Renan teria envolvimento com esquema de corrupção em ministérios comandados pelo PMDB. Se for aceito, o processo vai para análise do Conselho de Ética. Se for rejeitado, segue para arquivamento.

Renan Calheiros ainda negou que sua permanência no cargo possa dificultar a aprovação da CPMF na Casa. "Esse problema de CPMF não é do presidente do Senado, é um problema de governo, que tem de ser tratado pelos partidos, pelos líderes, pelos senadores, não pelo presidente do Senado", disse. Os partidos de oposição ameaçam fazer obstrução da pauta contra a aprovação da CPMF, mas Renan se mostrou favorável à aprovação da contribuição. "Se você não aprovar a CPMF, vai acabar com o Bolsa-Família, porque R$ 11 bilhões desse dinheiro é do Bolsa-Família", afirmou.

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