Relatório da ONU mostra Aids “estável” no Brasil

O programa das Nações Unidas para Aids (Unaids) divulgou nesta terça-feira (29) relatório sobre a doença no mundo que mostra que, no Brasil, a epidemia de Aids está estabilizada em cerca de 30 mil novos casos por ano desde 2000. De acordo com Eduardo Cunha, coordenador-adjunto do programa de DST/Aids do Ministério da Saúde, o número é alto, mas tem mostrado uma tendência de queda. No mundo inteiro, a cada dia, 7.400 pessoas foram infectadas pelo vírus HIV, quase todas em países pobres e quase a metade jovens, entre 15 e 24 anos. Os dados do levantamento são considerados aterradores pela Unaids, mas a organização considera que houve uma redução no ritmo de crescimento da epidemia no mundo.

Segundo o relatório, nos últimos dois anos a quantidade de novos casos vem caindo inclusive na África Subsaariana, região que concentra a maior epidemia de Aids. Mesmo assim, dos 2,7 milhões novos infectados em 2007, 1,9 milhões ocorreram na África Subsaariana. Na região, 5,9% da população está infectada. Na América Latina, a prevalência é de 0,5% e no Brasil, de 0,6%.

“Podemos comemorar essa tendência de queda nos novos casos, mas ainda há muito a lutar para que as pessoas obtenham tratamento e prevenção. Apenas um terço da população mundial infectada tem hoje acesso universal aos medicamentos”, afirmou o representante da Unaids no Brasil, Pedro Chequer. No Brasil, a preocupação ainda são os grupos mais vulneráveis, como homossexuais, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. “Temos uma preocupação também com as populações de áreas de difícil acesso, como na Amazônia e no sertão nordestino”, afirmou Chequer.

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