Reintegração de posse termina em conflito em São Paulo

Uma reintegração de posse terminou em conflito na manhã de hoje em Hortolândia (a 109 km de SP). Manifestantes atiraram pedras e pedaços de vidro contra guardas municipais, que revidaram com tiros de paintball. Pelo menos quatro pessoas tiveram ferimentos leves.

Desde sábado, cerca de 120 pessoas invadiram uma área pública no Jardim Amanda -que, segundo a prefeitura, já está destinada ao CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) para a construção de moradias populares.

Anteontem, uma liminar da Justiça autorizou a reintegração. Nesta manhã, cerca de 80 pessoas ainda estavam no local, mas, segundo a guarda municipal, o início de retirada foi tranquila. A operação começou às 6h e contou com 86 guardas.

Por volta das 10h, no entanto, um grupo de 50 pessoas disse que só sairia do local após ler toda a liminar. “Percebemos que algumas pessoas estavam cobrindo o rosto. Pedi para que o grupo terminasse de ler a liminar do lado de fora do terreno e, como não houve movimento, o grupo especializado da guarda chegou mais perto”, disse o comandante da guarda, Márcio Luiz do Prado.

Segundo ele, nesse momento ele foi alvejado por um bloco de terra seca, e outros dois guardas foram atingidos com pedradas.

Após recuo da guarda, os manifestantes se dispersaram, de acordo com Prado.

O Samu registrou atendimento de um homem de cerca de 40 anos, cujo nome não foi divulgado, que afirmou sentir dores por conta dos tiros de paintball. Segundo a corporação, ele tinha um hematoma leve e não precisou ser medicado.

A Secretaria de Habitação informou que está orientando os sem-teto a fazerem cadastro em uma escola próxima ao local da invasão para que possam ser atendidos por programas municipais de habitação, caso tenham residência comprovada em Hortolândia. A prioridade é de famílias de baixa renda que morem em áreas de risco.

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