Reconstituição não decifra mistérios do assassinato do executivo da Shell

Sem a participação dos filhos mais velhos do casal norte-americano Todd e Michelle Staheli, a reprodução simulada do duplo assassinato, ontem, na casa da família, na Barra da Tijuca, não cumpriu seu objetivo: tirar dúvidas importantes da polícia e verificar pontos contraditórios dos depoimentos. Apenas ontem, onze dias depois do ataque, a perícia decidiu examinar uma enxada e uma foice que podem ter sido usadas para matar os Staheli.

Prevista para durar até quatro horas, a reconstituição levou apenas duas. A ausência dos filhos, W., de 13 anos, e L., de 10, os primeiros a chegar à cena do crime, não inviabilizou o trabalho, mas o prejudicou muito, disse o delegado Carlos Henrique Machado, da Delegacia de Homicídios. Ele coordenou a simulação junto com Marcos Henrique Alves, delegado da Barra.

Segundo Machado, ainda é preciso esclarecer a que horas W. foi dormir na noite anterior ao crime, sábado, 29. O horário em que Todd e Michelle sofreram as agressões permanece um mistério. A polícia quer saber também a localização exata deles na cama – o corpo de Todd pode ter sido empurrado acidentalmente pelos bombeiros que socorreram Michelle. Apenas os filhos poderiam indicar como os pais foram encontrados.

Dúvidas

Não se sabe como o assassino entrou na casa, pois as hipóteses de arrombamento e escalada dos muros foram afastadas. Para o diretor da Polícia Técnica, Roger Ancillotti, o assassino ?nunca saiu da casa ou é ultraprofissional?. Ele afirmou que os agentes do FBI podem ajudar na elucidação do crime. ?Eles sabem exatamente o jeito americano de viver e podem traçar o perfil do provável agressor.?

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