Quadrilha simulava seqüestro e fez vítimas até no Paraná

Sorocaba SP (AE) – De um presídio do interior do Rio de Janeiro, uma quadrilha usava celulares para assustar famílias, simulando seqüestros de familiares, e exigir dinheiro. Um dos bandidos se fazia passar por um bombeiro no atendimento a uma ocorrência de acidente e tirava informações sobre as pessoas da casa. Com esses dados, outro integrante da quadrilha voltava a ligar para a vítima, dizendo que um familiar estava em seu poder e estava prestes a matá-lo, exigindo que depositasse dinheiro em uma conta ou transferisse créditos para um celular. Nos últimos quatro meses, o bando fez mais de 1.500 vítimas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.

O esquema foi desmantelado terça-feira à noite, com a identificação de oito integrantes, a apreensão de celulares, carregadores, drogas e uma espécie de lista telefônica das vítimas. A ?central telefônica? da quadrilha funcionava na Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos de Goitacazes, a 257 km do Rio.

Uma equipe do Grupo Anti-Seqüestro (GAS), de Sorocaba, monitorou durante quatro meses, com autorização judicial, as ligações da quadrilha para chegar aos integrantes.

Segundo o titular do GAS de Sorocaba, Wilson Negrão, os bandidos preferiam tratar com mulheres, idosos e adolescentes. ?Eles jogavam muito pesado, davam detalhes do suposto seqüestrado e apavoravam as vítimas, descrevendo supostas torturas.? Segundo ele, o percentual de êxito era muito alto. ?Tivemos casos de pessoas que depositaram até R$ 10 mil na conta passada pelos bandidos?. 

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