Promotoria pede prisão preventiva de 18 PMs na Paraíba

O Ministério Público da Paraíba pediu hoje a prisão preventiva de 18 policiais militares envolvidos na morte do técnico em monitoramento Tiago Moreira de Araújo, no dia 5 agosto, em Campina Grande.

O promotor Justiça Sócrates da Costa Agra, da 4ª Promotoria Criminal de Campina Grande, também requisitou que o inquérito volte à delegacia de homicídios para novas diligências.

Em sua decisão, o promotor alegou que os PMs “participaram direta ou indiretamente, agindo ou permitindo a tortura”. Segundo ele, os policiais tiveram “uma conduta totalmente desnecessária e que poderia ter sido evitada”.

O inquérito agora deve retornar para a delegacia de homicídios de Campina Grande, que terá 30 dias para analisar o requerimento. Durante as investigações, Angra indiciou seis PMs, por prática de tortura seguida de morte.

De acordo com a denúncia, a mulher do técnico em monitoramento disse, em depoimento, que ele estaria enfrentando uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial, que fica a menos de 30 metros da casa do casal, onde teria sido espancado até à morte.

Na versão apresentada, à época, pelo comando do 2º Batalhão da PM, o policial e a mulher que tiveram a casa supostamente invadida acabaram sendo agredidos por Araújo. Eles solicitaram reforço policial para conter o rapaz.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados de defesa dos policiais para comentar a decisão da Promotoria.