Programa social será unificado

Brasília – Pensada e discutida há meses em reuniões entre técnicos de sete ministérios, a proposta de unificação dos programas sociais finalmente está pronta. Ou quase. Uma idéia já está fechada: o projeto final dará a todas as famílias abaixo da linha de pobreza uma bolsa em torno de R$ 50. Em troca, os beneficiários terão de cumprir ações que vão desde exame pré-natal até cursos de alfabetização para adultos.

Sob pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo de trabalho responsável pelo projeto apresentou aos ministros da área social a versão final da unificação na última semana. Lula queria anunciar a união dos programas antes de viajar para a África. Com o cancelamento da viagem, embora ainda estejam sendo feitos os ajustes finais, os planos do governo devem ser anunciados ainda este mês.

A versão final do programa está nas mãos do presidente. Depende dele e da equipe econômica a decisão de quanto dinheiro a União quer e pode gastar com a expansão do programa a todas as famílias carentes do País. Outra decisão a ser tomada por Lula será sobre qual ministério coordenará esses programas.

Além da renda mínima, que deverá ficar entre R$ 40 e R$ 50, receberão mais dinheiro as famílias que tenham crianças de 0 a 6 anos, filhos de 7 a 14 matriculados na escola, mães amamentando, gestantes e, talvez, adolescentes que precisam ser incentivados a não deixar a escola. Ainda está em aberto quantas famílias poderão ser atendidas e os valores que serão pagos. Depende, mais uma vez, de quanto o governo vai investir.

A unificação dos programas sociais criados pelos tucanos, segundo os especialistas do governo, tem a vantagem de tornar os gastos mais eficientes para ajudar as pessoas a mudar de vida.

Voltar ao topo