Produtores de cana-de-açúcar querem inclusão da cultura na Política do Preço Mínimo

Danilo Macedo – Agência Brasil
Brasília – A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, nesta sexta-feira (6), com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para pedir ao governo que inclua a cultura na Política Geral de Preços Mínimos (PGPM), a exemplo do que é feito com os grãos.

O objetivo é evitar que os preços continuem abaixo dos custos de produção. De acordo com o presidente da comissão, Edison José Ustulin, o preço da tonelada, pago ao produtor independente, é de R$ 35. Já o gasto do plantio até a colheita, que foi de R$ 45 por tonelada na última safra, deve subir para R$ 50 na próxima.

Entre os principais fatores que contribuem para a alta dos custos estão os preços dos adubos, fertilizantes, mão-de-obra, combustíveis, além de questões como infra-estrutura e logística.

Segundo Ustulin, os preços atuais inviabilizam a próxima safra. ?Não queremos benesses. Queremos o que é nosso direito. Estamos há mais de 100 anos no setor. Agora que ele aponta para tempos melhores, queremos reconhecimento?, afirmou o produtor, referindo-se ao bom momento da produção de etanol, com o aumento no número de carros flex no mercado.

Stephanes disse que reconhece os problemas que os produtores enfrentam, mas disse que é difícil acatar a sugestão da comissão da CNA. ?Nós temos uma dificuldade muito grande de enfrentar isso. Efetivamente, o setor desses fornecedores está com problemas, mas a dificuldade é que nós não temos mecanismos, porque, indiretamente, isso seria um subsídio?, justificou o ministro.

Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na semana passada, mostrou que a colheita do setor, para este ano, deverá variar entre 607 milhões de toneladas e 631 milhões de toneladas.

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