Salvador
– Os internos da Casa de Detenção de Salvador mantiveram até o final da tarde de ontem sete agentes penitenciários e dois policiais como reféns de uma rebelião iniciada de manhã e que foi encerrada no fim do dia, sem vítimas. Durante a tarde, os preços libertaram o agente penitenciário Renato Gomes Santos, que também estava prisioneiro.Os presidiários pediam a presença de um juiz corregedor e da Comissão dos Direitos Humanos, a agilização dos processos em andamento, a transferência de 110 presos já condenados para a Penitenciária Lemos Brito. O motim começou depois de uma tentativa frustrada de fuga em massa. Aproximadamente 1,1 mil detentos participaram da rebelião. Três negociadores da polícia conversaram com os rebelados, que estavam armados com facas artesanais. Os presos ameaçavam atear fogo em um dos reféns, que foi espancado e se encontrava amarrado no pátio da Casa de Detenção.
Dois antigos policiais militares que estavam presos em seção especial também foram feitos reféns. Os detentos invadiram a cela destinada à segurança dos policiais, acusados de cometerem crimes. A situação foi tensa durante todo o dia. O prédio tem superlotação.