Presos 6 suspeitos de roubo e de assassinatos de PMs

Ao menos seis pessoas foram presas na manhã de hoje em uma operação para deter uma quadrilha especializada em roubo de relógios de luxo. Durante as investigações, a polícia constatou que parte do grupo também estava envolvido em assassinatos de policiais militares da Grande São Paulo e na morte de um turista italiano, ocorrido em julho.

Por meio de receptação de ligações telefônicas, a polícia identificou integrantes da quadrilha que planejavam a morte de policiais militares. Durante as investigações, a polícia conseguiu evitar a morte de um policial da Rota (grupo de elite da Polícia Militar), em outubro.

As gravações apontam ainda pelo menos dois PMs foram mortos por integrantes dessa quadrilha. Eles receberiam ordens para matar policiais vindas de integrantes de facções criminosas presos.

A polícia diz acreditar também no envolvimento do grupo na morte do italiano Tomasso Lotto, em julho deste ano. Lotto estava no carro de um amigo, quando ambos foram atacados por dois criminosos em uma motocicleta.

As prisões foram feitas em São Paulo, Taubaté e Taboão da Serra. A polícia cumpre outros mandados de busca e apreensão e prisão nas três cidades e não descarta que outras pessoas ainda possam ser presas ainda hoje.

Segundo o delegado Celso Marchiori, a operação de hoje é desdobramento de outras duas prisões de suspeitos no envolvimento de morte de PMs. “Na verdade a investigação era sobre os roubos violentos, em vias públicas, contra ocupantes de veículos, cujo principal objetivo era levar relógios valiosos. Mas descobrimos o desdobramento das atividades criminosas como assassinato de policiais militares”, afirmou.

Segundo a polícia, a quadrilha desenvolveu um compartimento secreto dentro de capacetes de motociclista, em que a arma do criminosos era guardada. “Eles usavam pistolas pequenas nos roubos. Depois da ação, o armamento era escondido dentro do capacete. O dispositivo passava despercebido durante uma revista policial”, disse Marchiori.

Duas pistolas, dois capacetes e documentos falsos foram apreendidos durante as prisões.

Voltar ao topo