Presidente da TAM defende “métodos alternativos” de segurança da companhia

Brasília – Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo questionaram o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, quanto ao cumprimento de uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que estabelece normas para pousos e decolagens em pista molhada. Uma delas é o uso do autobrake (freio automático) e do reverso no nível máximo para aterrissagem.

No entendimento dos deputados, a TAM descumpriu a resolução e não poderia pousar no Aeroporto de Congonhas porque não estava com o máximo de reverso: um dos dois estava desligado. "Os comandantes nunca tiveram acesso a essa resolução", disse o deputado Vic Pires (DEM-PA).

O presidente da TAM argumentou que a mesma resolução permite que as empresas cumpram requisitos de segurança de outra forma se quiserem. E que a companhia aérea provou à Anac que seus "métodos alternativos" são comprovados pela certificação das cartas homologadas pela própria agência, atualizadas a cada emissão de certificado.

A resolução 121-189, de 31 de janeiro deste ano, determina que as empresas "devem provar à Anac que seus métodos alternativos provêm o nível adequado de segurança".

"Afirmo, com segurança, que a manutenção do Airbus estava em dia", disse Ruy Amparo, técnico operacional da TAM que acompanhou o depoimento de Bologna. Ele disse que a resolução da Anac não pode ser interpretada isoladamente, e sim em conjunto com a Lista Mìnima de Equipamentos (MEL, em inglês), conjunto de manuais que fica dentro da cabine do avião. "O MEL é a Bíblia do avião", disse.

Vic Pires discordou da opinião de Amaro e disse que está insatisfeito com a explicação dada. "A resolução está acima do manual do avião", afirmou.

O reverso é um mecanismo que inverte o funcionamento da turbina, empurrando o avião no sentido contrário. Saiba mais sobre o freio automático.

Voltar ao topo