PPS/AL rejeita intervenção

Maceió

(AE) – O presidente regional do PPS em Alagoas, jornalista Anivaldo Miranda, disse ontem que não aceita a intervenção da direção nacional do partido, que decidiu anular a aliança com o ex-presidente Fernando Collor, candidato do PRTB ao governo do Estado. A decisão da executiva nacional do PPS foi encaminhada por fax ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL), às 19h03 de quarta-feira, em resolução assinada pelo secretário-geral do partido, Francisco Inácio de Almeida, delegado do PPS na Justiça Eleitoral.

O relator do processo no TRE/AL é o juiz Sebastião Vasques, que tem até o dia 28 de julho para decidir se acata ou não a decisão da executiva nacional,pedindo a exclusão do PPS de Alagoas da coligação que dá sustentação à candidatura Collor. “Essa resolução é inócua, extemporânea e ilegal, portanto, nula de pleno direito. Por isso acreditamos que será rejeitada pelo TRE, até porque foi protocolada fora do prazo”, comentou Miranda, acrescentando que se a resolução foi acatada,o PPS de Alagoas vai recorrer.

Para Miranda, o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), que tinha compreendido a situação do partido em Alagoas, “rendeu-se à manipulação grosseira dos fatos e adotou uma resolução espúria para combater um “factóide”.De acordo com Miranda, “o PPS de Alagoas não apóia e nunca apoiou Fernando Collor, pelo contrário, sempre foi contra a participação dele na coligação da Frente Trabalhista. No entanto, está sendo responsabilizado por essa aliança, que foi avalizada pelo PTB.”

Segundo o presidente regional, a participação do PPS na coligação de Collor é quase insignificante, do ponto de vista do tempo que o partido irá ceder para o ex-presidente utilizar no horário político. “Dos 17 minutos a que ele tem direito, o PPS contribui com apenas 30 segundos”, garantiu.

Hipocrisia

Por trás da censura à posição do PPS de Alagoas, na opinião de Miranda, há uma grande hipocrisia. Se o partido entrou na coligação de Collor foi para viabilizar a candidatura à reeleição do deputado federal Régis Cavalcante (PPS/AL). “Caso a coligação seja desfeita, o PPS se isola e não elege ninguém. Por isso, essa intervenção decreta o suicídio político do partido em Alagoas”, afirmou.

PSDB faz ameaça à prefeita

Brasília

(AE) – A Comissão Executiva Nacional do PSDB divulgou nota informando que a prefeita de Arapiraca, em Alagoas, Célia Rocha, deverá ser expulsa do partido porque anunciou apoio à candidatura do ex-presidente Fernando Collor de Mello ao governo de Alagoas. “À infidelidade partidária tal atitude acrescenta uma traição àqueles que sempre se empenharam em apoiar pessoal e administrativamente a prefeita, a começar pelo saudoso ex-governador de São Paulo, Mário Covas. Diante dos fatos, a Comissão Executiva Nacional informa que não admite a atitude da prefeita, a qual desautoriza, de forma cabal”, afirma a nota, assinada pelo presidente do partido, deputado José Aníbal(SP). “O PSDB que, desde a sua fundação, luta pela modernização da vida pública nacional, considera inadmissível que qualquer de seus quadros ou diretórios constitua uma aliança política com quem personaliza o que há de mais nefasto e condenável em termos políticos, como Collor de Mello.

A disciplina partidária é um dos fundamentos do PSDB e da vida política democrática”, diz a nota distribuída pela direção nacional tucana.

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