Polícia Federal apura vazamento de informação no caso Cisco

Um vazamento de informações quase pôs a perder a Operação Persona. Os investigadores do caso ainda não sabem o tamanho do prejuízo causado às apurações, mas o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal estão atrás de quem forneceu as informações sigilosas sobre a operação a integrantes do esquema de fraude e sonegação fiscal que deu um prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao governo. Também querem saber se elas saíram de dentro do governo federal.

O vazamento foi descoberto depois que os agentes federais encontraram documentos sobre a operação no escritório do advogado José Roberto Pernomiam Rodrigues, diretor de operações e finanças da empresa Mude Comércio e Serviços. Pernomiam é o mesmo homem que foi flagrado no do fim do primeiro semestre deste ano em interceptações telefônicas da PF falando sobre uma doação de R$ 500 mil ao PT.

Em uma conversa com Fernando Grecco, outro diretor da empresa, Pernomiam trata da necessidade de se acertar "valores e data" de um negócio de Carlos Roberto Carnevali, ex-presidente da Cisco no Brasil e suspeito de estar por trás da Mude, "com um representante do PT". Carnevali está preso.

Por causa da localização desse material com Pernomiam, o juiz Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo, prorrogou a prisão do advogado por mais cinco dias – o prazo vence amanhã. À PF, o advogado teria dado duas versões de como obteve as informações. Primeiro, disse que chegaram em um e-mail e, depois, que lhe foram entregues por outro advogado.

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