Polícia Federal aposta na delação para reunir provas na Xeque-Mate

A exemplo do que ocorreu na Operação Sanguessuga, a Polícia Federal espera contar com a ajuda de um dos presos na Operação Xeque-Mate para obter pistas que incriminem os envolvidos na máfia dos caça-níqueis, supostamente liderada pelo ex-deputado estadual Nilton Cezar Servo (PSB-PR). A peça-chave será Andrei Cunha Galileu, um dos 80 presos na operação, acusado de auxiliar a família Servo nas ações ilegais. Ele aceitou colaborar com a PF, por meio da delação premiada, na quarta-feira.

A PF informou que a delação premiada será analisada pela Procuradoria-Geral da República em Mato Grosso do Sul, que decidirá como será o acordo e quais benefícios o acusado pode ter. Com isso, ele será novamente ouvido pelos delegados da PF. Ainda não se sabe o potencial das informações que Galileu dispõe nem se ele possui documentos. Ele era gerente de uma casa de jogos em Campo Grande e teria trabalhado para Servo, que posteriormente acabou virando seu desafeto.

De acordo com o advogado Eudes Rodrigues, que defende a família Servo, qualquer informação vinda de Galileu é suspeita. Ele afirma que o ex-gerente foi demitido após ter sido apurado um desvio. ?Não se pode dizer que foi ele, mas foi durante o período em que ele era gerente?, disse. Com isso, a defesa de o ex-deputado quer desqualificar qualquer nova pista. Um dos pontos que os delegados querem esclarecer com o acusado é se ele tinha informações sobre o eventual pagamento de propinas para Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do presidente Lula.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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