Polícia de Alagoas desconfia de latrocínio em morte de padre

O delegado Robervaldo Davino, titular do 4º Distrito Policial, disse hoje que os dois acusados de matar o padre Hidalberto Henrique Guimarães, de 48 anos, serão indiciados por crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Para o delegado, a intenção dos assassinos, que deram 18 facadas e vários golpes de cacete na cabeça do religioso, era matar para roubar. Os acusados levaram da casa do padre um par de tênis e um aparelho de DVD.

Os dois acusados de assassinar o padre Guimarães, que era pároco da igreja Nossa Senhora das Graças, em Murici, zona da mata de Alagoas, foram presos no domingo, por agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil. O corpo do religioso foi encontrado na noite de sábado dentro de sua casa, passou o domingo inteiro sendo velado na cidade de Murici e foi sepultado hoje pela manhã, no cemitério São José, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. No enterro, vários religiosos deram declarações em defesa da vítima, cuja honra também estaria sendo “assassinada”.

“Os acusados – Rafael Timóteo da Silva, 19 anos, e um adolescente de 16 anos, confessaram o crime e revelaram como tudo teria acontecido. Na hora da prisão, eles estavam numa festa, no bairro da Ponta Grossa, onde contavam abertamente que tinham matado um homossexual no dia anterior”, relatou o delegado, durante entrevista coletiva, na sede da Polícia Civil de Alagoas, no bairro de Jacarecica.

Em depoimento à polícia e na entrevista à imprensa, Rafael contou que Guimarães o convidou para tomar cerveja e ofereceu R$ 15 por um programa. O acusado disse que chegou a ter contato sexual com o religioso, mas quando se negou a continuar, foi ameaçado de morte com uma faca. Rafael mostrou um ferimento na mão, dizendo que teria sido cortado quando estava tomando a faca da mão do padre. Ele disse que desarmou a vítima e aplicou três facadas no religioso, dentro do quarto.

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