PMs estariam a 200m do local onde filho de atriz morreu

Imagens das câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) revelam que os policiais militares que liberaram Rafael de Souza Bussamra, que confessou ter atropelado o estudante Rafael Mascarenhas, de 18 anos, na madrugada de ontem, estavam a menos de 200 metros do local do acidente, segundo a Polícia Civil. Os agentes disseram em depoimento que liberaram o motorista, momentos após o atropelamento, alegando que a documentação estava em dia e que o carro não teria estragos aparentes. O veículo chegou hoje para perícia na 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, com um amassado no capô, a lanterna esquerda avariada e o para-choque pendurado.

Na manhã de hoje, Rogério Leitão, o comandante do 23º Batalhão da PM do Leblon, reuniu-se com a delegada titular da 15ª DP, Bárbara Lomba, para ver as imagens e colher informações sobre o caso. O advogado da família de Cissa Guimarães, Técio Lins e Silva, se reuniu com investigadores e delegados em busca de informações sobre o inquérito. Na perícia, os investigadores pretendem apurar as contradições entre os depoimentos dos PMs que abordaram o carro na saída do túnel onde Rafael – filho da atriz Cissa Guimarães e do saxofonista Raul Mascarenhas – e o motorista.

Bussamra, de 25 anos, disse em depoimento que avisou os agentes sobre o acidente e que foi orientado por eles a se dirigir a uma delegacia. Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que o acusado não avisou os soldados sobre o acidente e foi liberado porque estava com a documentação em dia e o carro não tinha avarias aparentes. O veículo foi liberado apesar de ter sido abordado em uma via interditada.