Foto: Aliocha Mauricio/O Estado |
Geraldo Alckmin, do PSDB, faz campanha em Caruaru: "Fiscalização será severa". |
O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de transformar o Palácio do Planalto em comitê eleitoral e advertiu que o seu partido, a sociedade e a justiça eleitoral não vão tolerar abusos e o uso indevido da máquina pública na campanha. O tucano avisou que a fiscalização será "severa" para evitar que seu principal adversário, que oficializa hoje sua candidatura à reeleição, continue misturando "governo e campanha".
"O Palácio do Planalto não pode ser transformado em comitê eleitoral. Não pode. É um prédio público, uma instituição pública e com funcionários. É preciso separar as coisas. Essa mistura entre partido e governo, entre público e privado é uma coisa atrasada na política. É preciso fazer essa separação", afirmou Geraldo Alckmin, ao visitar Caruaru, a principal cidade do agreste pernambucano.
Na sua avaliação, Lula não conseguiu fazer essa distinção ao longo de seu governo. "Não tenha dúvida disso. O que aconteceu no Brasil neste um ano e meio foi exatamente por conta dessa mistura indevida entre partido e governo", disse, referindo-se ao escândalo do mensalão e o suposto envolvimento do Planalto e de ministros do governo em denúncias de corrupção.
Para Geraldo Alckmin, como candidato oficial o presidente Lula será obrigado a cumprir a lei eleitoral e evitar uso abusivo da máquina governamental. "O que a gente viu neste período aí foi campanha pura", ressaltou. "É preciso ter uma separação clara do que é governo e o que é campanha. Campanha eleitoral não pode ser custeada nem de forma direta ou indireta pelo governo", completou.